Várias tentativas têm sido feitas no sentido de definir o termo criança excepcional e todas, devem ser ainda bastante elaboradas para que possam ser compreendidas.
http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm2000/icm32/nee/index.htm
Algumas pessoas utilizam esse termo para se referirem a uma criança particularmente inteligente ou a uma criança com talentos pouco comuns. No entanto, o termo tem sido geralmente aceite para designar tanto a criança deficiente quanto a talentosa. Para os presentes objectivos definimos como criança excepcional aquela que difere de criança típica ou normal por:
a características mentais
a capacidades sensoriais
Este conceito começou a ser difundido a partir da sua adopção no emblemático Relatório Warnock (1978), apresentado ao Parlamento do Reino Unido, pela Secretaria de Estado para a Educação e Ciência, Secretaria do Estado para a Escócia e a Secretaria do Estado para o País de Gales.
Este relatório surgiu do 1º comité do Reino Unido, presidido por Mary Warnock, constituído para rever o atendimento aos deficientes. Os resultados evidenciam que uma em cada cinco crianças apresenta NEE em algum período do seu percurso escolar, no entanto, não existe essa proporção de deficientes. Daí que do relatório surja a proposta de adoptar o conceito de NEE.
Nesta linha, afirmar que um aluno tem NEE significa que apresenta algum problema de aprendizagem no decorrer da sua escolarização, exigindo uma atenção específica e mais/diferentes recursos educativos do que os utilizados com os companheiros da mesma idade.
O conceito foi adoptado em 1994 na “Declaração de Salamanca” (UNESCO, 1994), e redefinido como abrangendo todas as crianças ou jovens cujas necessidades se relacionem com deficiências ou dificuldades escolares. Inclui, crianças deficientes ou sobredotadas, crianças da rua ou que trabalham, crianças de populações remotas ou nómadas, crianças de minorias étnicas ou culturais e crianças de áreas ou grupos desfavorecidos ou marginais.